Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11690/3431
Autor(es): Smialoski, Luciana Rodrigues
Almerão, Maurício Pereira
Título: Investigação sobre o comércio ilegal de Procambarus Clarkii Girard, 1852 (Decapoda: Crustacea) na região sul do Brasil
Palavras-chave: Espécie não-nativa;Impactos ambientais negativos;Via de introdução
Data do documento: 2022
Editor: Oecologia Australis
Citação: SMIALOSKI, L. R.; ALMERÃO, M. P. Investigação sobre o comércio ilegal de Procambarus Clarkii Girard, 1852 (Decapoda: Crustacea) na região sul do Brasil. Oecologia Australis, v. 26, n. 3, p. 476–482, 2022. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/oa/article/view/45735/29792. Acesso em: 17 abr. 2023.
Resumo: : A temática das invasões biológicas tem sido muito debatida nos últimos 20 anos. Estudos demonstram que uma das principais vias de introdução de espécies aquáticas é de origem antrópica, principalmente para fins alimentícios e aquariofilia. Das 481 espécies exóticas invasoras (EEI) já identificadas no Brasil, Procambarus clarkii, conhecido como lagostim-vermelho-da-Louisiana, é uma das mais preocupantes por possuir diversas características biológicas e ecológicas que a torna um invasor perigoso. Apesar de ter seu cultivo e venda proibidos no Brasil desde 2008, há indícios de comércio ilegal. O objetivo do presente estudo foi investigar o comércio ilegal da espécie em estabelecimentos comerciais na Região Sul do Brasil. A coleta de dados foi conduzida através de buscas livres na internet por estabelecimentos comerciais relacionados ao ramo da aquariofilia e posterior contato com os mesmos. No total foram investigados 221 estabelecimentos comerciais dos quais 40 declararam comercializar a espécie. Foi constatado um comércio mais intenso no Paraná (50%), seguido pelo Rio Grande do Sul (32,5%) e por Santa Catarina (17,5%). Somente um estabelecimento que comercializa a espécie mencionou estar ciente da restrição, mas permanece vendendo a espécie. Em relação a características do comércio (número de indivíduos disponíveis a pronta-entrega e preço médio de venda), houve diferenças entre os estados. No Brasil, o comércio ilegal é tido como a principal fonte de novas introduções desta espécie na natureza. Sabidamente, quando uma espécie é adquirida no comércio e por algum motivo, não é mais desejada, há grandes chances de ser solta na natureza. A falta de fiscalização dos estabelecimentos comerciais contribui para a não modificação deste cenário. Sugere-se uma revisão nas listas oficiais de EEI dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para inserção do lagostim-vermelho-daLouisiana como espécie de alto risco de invasão.
Aparece nas coleções:Artigo de Periódico (PPGSDH)

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