Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11690/3535
Autor(es): Prates, Moysés Lopes
Título: Percepções de policiais mediadores de conflitos e a memória institucional
Palavras-chave: Memória social;Memória institucional;Polícia Civil;Justiça restaurativa
Data do documento: 2023
Editor: Universidade La Salle
Citação: PRATES, M. L. Percepções de policiais mediadores de conflitos e a memória institucional. 2023. 130f. Dissertação (mestrado em Memória Social e Bens Culturais) – Universidade La Salle, Canoas, 2023. Disponível em: http://hdl.handle.net/11690/3535. Acesso em: 26 jul. 2023.
Resumo: Atualmente a sociedade apresenta uma tendência voltada para a necessidade do diálogo e de abertura ao outro. Ao comportamento policial também são demandadas, pela sociedade, novas condutas, que não mais admite coerção e controle embasadas em um condicionamento estético. O objetivo deste estudo é identificar como as práticas de mediação alinhadas à Justiça Restaurativa nos Núcleos de Mediação da Polícia Civil são evidenciadas nas percepções de policiais civis que foram capacitados como mediadores de conflitos, sob o prisma da Memória Institucional. Para atingir o objetivo, realizou-se uma pesquisa qualitativa, na qual foram analisados documentos e entrevistados 29 policiais civis que haviam participado do curso de extensão de mediação oferecido pela ACADEPOL/RS, sendo que as entrevistas foram transcritas e analisadas segundo a análise de conteúdo. Os resultados indicaram evidências de uma mudança paradigmática na cultura de atuação policial, por meio de ações embasadas na justiça restaurativa e mediação, estimuladas pelo curso de extensão promovido pela ACADEPOL/RS. Além disso, a hipossuficiência do modelo tradicionalpunitivo tem aberto espaço institucional para a aplicação da mediação, uma vez que ela pode ser vista como um meio pacificador de relações e de empoderamento do indivíduo, trazendo efeitos transformativos em todos os envolvidos (vítima, ofensor/a, mediador), as quais referem-se à tomada de consciência de si mesmo por meio da conscientização dos fatos desencadeadores do conflito e da auto rresponsabilização em um processo de reeducação profissional e pessoal, embasado na escuta e na confiança, desenhando, inclusive, novos contornos na identidade institucional da polícia civil. Além disso, a mediação mostrou-se como potencial instrumento de construção da cidadania. Portanto, o pressuposto gerado por esta pesquisa é de que a aplicação dos processos de mediação pode fomentar o início de uma mudança de identidade do policial civil, uma vez que diferentes quadros sociais da memória são ativados, os quais a nutrem, caracterizados pelo diálogo e pelo autoconhecimento como um gatilho para a autotransformação. Porém, os resultados indicam que a institucionalização da mediação se encontra engatinhando, pois não se encontrou evidências de que ela está institucionalizada, mas como um processo que se encontra em andamento e que se depara com barreiras institucionais.
Orientador(es): Borges, Maria de Lourdes
Aparece nas coleções:Dissertação (PPGMSBC)

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