DSpace Coleção:
http://hdl.handle.net/11690/1700
2023-10-20T17:55:41ZMilongueando memórias: vestígios do negro na paisagem pampiana
http://hdl.handle.net/11690/3604
Título: Milongueando memórias: vestígios do negro na paisagem pampiana
Autor(es): Viçosa, Jucelino Viçosa de
Resumo: Essa tese integra a linha de pesquisa Memória, Cultura e Identidade do PPG em
Memória Social e Bens Culturais da Unilasalle (Canoas-RS), tem como tema a presença do negro na memória cultural do Pampa e a milonga como marco representativo de miscigenação racial e estética cultural pampiana. O objeto de estudo são poemas escolhidos de Alfredo Zitarrosa, João Sampaio, Jorge Luis Borges e Vitor Ramil, em razão de seu envolvimento com a milonga, e como problema de pesquisa,
indaga-se: de que modo se manifestam os vestígios nos poemas transformados em
milongas? O objetivo geral tratou de evidenciar, a partir de vestígios, a participação
do negro na memória cultural e na paisagem do Pampa, e os objetivos específicos
foram: verificar como se constroem os imaginários sobre o negro nos poemas; enfocar o Pampa como paisagem da memória; contextualizar as produções poéticas de
Alfredo Zitarrosa, João Sampaio, Jorge Luis Borges e Vitor Ramil, ressaltar a paisagem como espaço de entrecruzamento de diferentes culturas; e apresentar a milonga como representação estética do Pampa. A fundamentação teórica sustentou-se
em categorias como memória, memória cultural, vestígios memoriais, paisagem,
Pampa, milonga, negro como forma de justificar a tese de que a milonga se caracteriza como um gênero que se consolida no espaço pampiano, sinalizador da participação do negro no panorama cultural do Pampa, com base em vestígios e imaginários observados nos poemas transformados em milongas. O tratamento metodológico envolveu a pesquisa qualitativa, na análise de traços da presença do negro evidenciados nos poemas; a pesquisa exploratória, em função da necessidade de
aproximação com o tema da milonga enquanto vestígio da presença negra no Pampa; a pesquisa descritiva, para caracterizar o Pampa como paisagem da memória e
espaço geográfico povoado, também, por negros africanos oriundos do tráfico negreiro e por seus descendentes; a pesquisa bibliográfica, consulta em referencial
teórico já analisado e publicado de forma escrita e/ou eletrônica em livros, artigos
científicos e endereços eletrônicos; pesquisa documental, na composição do corpus
constituído a partir da audição de músicas compostas e gravadas pelos cantores
Alfredo Zitarrosa e Vitor Ramil, além da leitura de obras de João Sampaio e de Jorge
Luis Borges. No que diz respeito aos dados analisados, após a leitura dos poemas,
buscou-se algo que remetesse à presença do negro na região pampiana e a correspondente sustentação teórica. Com essa abordagem, foi possível identificar o negro
como integrante do cenário da região pampiana, com participação efetiva no desempenho de atividades econômicas, sociais e culturais; a milonga como gênero
musical forjado na paisagem do Pampa, além de demonstrar sua pluralidade cultural
a partir da incorporação de elementos africanos, marcas de periferias e subúrbios
platinos, a melancolia e o apego à terra do campeiro pampiano, podendo ser vista
como uma narrativa específica de fronteira.
Título: Milongueando memórias: vestígios do negro na paisagem pampiana
Autor(es): Viçosa, Jucelino Viçosa de
Orientador(es): Graebin, Cleusa Maria Gomes
Resumo: Essa tese integra a linha de pesquisa Memória, Cultura e Identidade do PPG em
Memória Social e Bens Culturais da Unilasalle (Canoas-RS), tem como tema a presença do negro na memória cultural do Pampa e a milonga como marco representativo de miscigenação racial e estética cultural pampiana. O objeto de estudo são poemas escolhidos de Alfredo Zitarrosa, João Sampaio, Jorge Luis Borges e Vitor Ramil, em razão de seu envolvimento com a milonga, e como problema de pesquisa,
indaga-se: de que modo se manifestam os vestígios nos poemas transformados em
milongas? O objetivo geral tratou de evidenciar, a partir de vestígios, a participação
do negro na memória cultural e na paisagem do Pampa, e os objetivos específicos
foram: verificar como se constroem os imaginários sobre o negro nos poemas; enfocar o Pampa como paisagem da memória; contextualizar as produções poéticas de
Alfredo Zitarrosa, João Sampaio, Jorge Luis Borges e Vitor Ramil, ressaltar a paisagem como espaço de entrecruzamento de diferentes culturas; e apresentar a milonga como representação estética do Pampa. A fundamentação teórica sustentou-se
em categorias como memória, memória cultural, vestígios memoriais, paisagem,
Pampa, milonga, negro como forma de justificar a tese de que a milonga se caracteriza como um gênero que se consolida no espaço pampiano, sinalizador da participação do negro no panorama cultural do Pampa, com base em vestígios e imaginários observados nos poemas transformados em milongas. O tratamento metodológico envolveu a pesquisa qualitativa, na análise de traços da presença do negro evidenciados nos poemas; a pesquisa exploratória, em função da necessidade de
aproximação com o tema da milonga enquanto vestígio da presença negra no Pampa; a pesquisa descritiva, para caracterizar o Pampa como paisagem da memória e
espaço geográfico povoado, também, por negros africanos oriundos do tráfico negreiro e por seus descendentes; a pesquisa bibliográfica, consulta em referencial
teórico já analisado e publicado de forma escrita e/ou eletrônica em livros, artigos
científicos e endereços eletrônicos; pesquisa documental, na composição do corpus
constituído a partir da audição de músicas compostas e gravadas pelos cantores
Alfredo Zitarrosa e Vitor Ramil, além da leitura de obras de João Sampaio e de Jorge
Luis Borges. No que diz respeito aos dados analisados, após a leitura dos poemas,
buscou-se algo que remetesse à presença do negro na região pampiana e a correspondente sustentação teórica. Com essa abordagem, foi possível identificar o negro
como integrante do cenário da região pampiana, com participação efetiva no desempenho de atividades econômicas, sociais e culturais; a milonga como gênero
musical forjado na paisagem do Pampa, além de demonstrar sua pluralidade cultural
a partir da incorporação de elementos africanos, marcas de periferias e subúrbios
platinos, a melancolia e o apego à terra do campeiro pampiano, podendo ser vista
como uma narrativa específica de fronteira.2022-01-01T00:00:00ZAuditório Araújo Vianna: trajetória, identidade e memórias da gestão dos eventos culturais
http://hdl.handle.net/11690/3540
Título: Auditório Araújo Vianna: trajetória, identidade e memórias da gestão dos eventos culturais
Autor(es): Storck, Thiago Buzatto
Resumo: Essa pesquisa aborda as memórias de gestão dos eventos culturais do Auditório Araújo
Vianna. O Auditório foi tombado em 1997 como patrimônio cultural. Inaugurado em
1927 na Praça da Matriz no centro de Porto Alegre, o Auditório foi palco da banda
municipal e outros eventos culturais fazendo parte da efervescência cultural que surgiu
na cidade nas décadas de 30 a 50. Após decisões administrativas, o Auditório Araújo
Vianna precisou trocar de endereço e em 1964 é reinaugurado no Parque Farroupilha, no
bairro Bom Fim. Assim desde 1927 até os anos de 2005 o Auditório vivenciou períodos
histórico, políticos e culturais diferentes ao longo destes 78 anos de vida. A linha de corte
até os anos de 2005 se deu porque até este período o Auditório foi gerido exclusivamente
pelo poder público. O objetivo geral deste estudo é analisar as narrativas de memórias
produzidas através de entrevista com gestores culturais que foram responsáveis pela
gestão dos eventos do Auditório Araújo Vianna nas décadas de 80, 90 e 2000. O problema
de pesquisa foi verificar como se deu a gestão dos eventos culturais realizados pelo
Auditório Araújo Vianna nas décadas de 1980, 1990 e início dos anos 2000. Este estudo
se justifica pois não foram encontradas pesquisas que abordem a relação entre memória
social e gestão de eventos culturais realizados pela gestão pública em equipamentos
culturais em Porto Alegre. A tese também pretende contribuir na medida em que
apresenta o surgimento dos equipamentos culturais em Porto Alegre em um estudo
dividido por períodos, apresentando o contexto político e histórico de cada época estudada
e como se dava a gestão cultural dos equipamentos em cada período. Os recursos
metodológicos utilizados para escrever a tese foram: pesquisa bibliográfica, pesquisa
documental, busca por imagens, entrevista semiestruturada, metodologia bola de neve e
narrativas de memórias. Através das entrevistas realizadas se percebeu que o poder
simbólico do auditório foi sendo esquecido ao longo do tempo e com isso, o equipamento
foi perdendo sua importância, conforme os gestores relataram na entrevista, onde nas
décadas de 80 e 90 o Auditório aparecia entre os três equipamentos mais relevantes de
Porto Alegre, mas para os gestores dos anos 2000 o Auditório já não é mais citado. A
gestão cultural dos eventos realizados no Auditório Araújo Vianna nas décadas de 80 e
90 ocorreu, principalmente, pela busca dos artistas locais em utilizarem o espaço do
Auditório, onde os gestores realizavam este controle através do livro de agendamento dos
eventos. A partir do final dos anos 90 e início dos anos 2000 a gestão preocupou-se mais
com a autossuficiência financeira do equipamento, onde começa uma busca mais ativa
por eventos com mais representatividade cultural.
Título: Auditório Araújo Vianna: trajetória, identidade e memórias da gestão dos eventos culturais
Autor(es): Storck, Thiago Buzatto
Orientador(es): Bem, Judite Sanson de
Resumo: Essa pesquisa aborda as memórias de gestão dos eventos culturais do Auditório Araújo
Vianna. O Auditório foi tombado em 1997 como patrimônio cultural. Inaugurado em
1927 na Praça da Matriz no centro de Porto Alegre, o Auditório foi palco da banda
municipal e outros eventos culturais fazendo parte da efervescência cultural que surgiu
na cidade nas décadas de 30 a 50. Após decisões administrativas, o Auditório Araújo
Vianna precisou trocar de endereço e em 1964 é reinaugurado no Parque Farroupilha, no
bairro Bom Fim. Assim desde 1927 até os anos de 2005 o Auditório vivenciou períodos
histórico, políticos e culturais diferentes ao longo destes 78 anos de vida. A linha de corte
até os anos de 2005 se deu porque até este período o Auditório foi gerido exclusivamente
pelo poder público. O objetivo geral deste estudo é analisar as narrativas de memórias
produzidas através de entrevista com gestores culturais que foram responsáveis pela
gestão dos eventos do Auditório Araújo Vianna nas décadas de 80, 90 e 2000. O problema
de pesquisa foi verificar como se deu a gestão dos eventos culturais realizados pelo
Auditório Araújo Vianna nas décadas de 1980, 1990 e início dos anos 2000. Este estudo
se justifica pois não foram encontradas pesquisas que abordem a relação entre memória
social e gestão de eventos culturais realizados pela gestão pública em equipamentos
culturais em Porto Alegre. A tese também pretende contribuir na medida em que
apresenta o surgimento dos equipamentos culturais em Porto Alegre em um estudo
dividido por períodos, apresentando o contexto político e histórico de cada época estudada
e como se dava a gestão cultural dos equipamentos em cada período. Os recursos
metodológicos utilizados para escrever a tese foram: pesquisa bibliográfica, pesquisa
documental, busca por imagens, entrevista semiestruturada, metodologia bola de neve e
narrativas de memórias. Através das entrevistas realizadas se percebeu que o poder
simbólico do auditório foi sendo esquecido ao longo do tempo e com isso, o equipamento
foi perdendo sua importância, conforme os gestores relataram na entrevista, onde nas
décadas de 80 e 90 o Auditório aparecia entre os três equipamentos mais relevantes de
Porto Alegre, mas para os gestores dos anos 2000 o Auditório já não é mais citado. A
gestão cultural dos eventos realizados no Auditório Araújo Vianna nas décadas de 80 e
90 ocorreu, principalmente, pela busca dos artistas locais em utilizarem o espaço do
Auditório, onde os gestores realizavam este controle através do livro de agendamento dos
eventos. A partir do final dos anos 90 e início dos anos 2000 a gestão preocupou-se mais
com a autossuficiência financeira do equipamento, onde começa uma busca mais ativa
por eventos com mais representatividade cultural.2023-01-01T00:00:00ZA práxis do planejamento da PROPLAN (UFRGS) 2012 a 2020: entrelaçando conceitos de Memória Organizacional (MO) e Teoria Institucional (TI)
http://hdl.handle.net/11690/3534
Título: A práxis do planejamento da PROPLAN (UFRGS) 2012 a 2020: entrelaçando conceitos de Memória Organizacional (MO) e Teoria Institucional (TI)
Autor(es): Beux, Claudia Freire
Resumo: Esta tese tem como tema “A Práxis do Planejamento da PROPLAN (UFRGS) 2012 a
2020: Entrelaçando Conceitos de Memória Organizacional (MO) e Teoria Institucional
(TI)”. O ambiente a ser explorado é uma área considerada “meio” da Universidade –
a Pró-Reitoria de Planejamento e Administração – responsável pelo Planejamento
Institucional. A pesquisa tem por objetivo geral analisar evidências da Memória
Organizacional e da Teoria Institucional, dos Esquemas Interpretativos e dos Modelos
Mentais, dentro da cultura e do ambiente organizacional, presentes na gestão dessa
Pró-Reitoria, nos processos de elaboração do planejamento e do desenvolvimento
dos Planos de Gestão de dois Reitorados, de 2012-2016 e 2016 a 2020. A metodologia
utilizada é de natureza aplicada, com enfoque qualitativo. Quanto aos objetivos, é uma
pesquisa descritiva, e quanto aos procedimentos técnicos, é uma pesquisa
documental, um estudo de caso e pesquisa com coleta de dados baseada em um
roteiro de entrevistas semiestruturadas. Foram ouvidos oito entrevistados, integrantes
da Alta Administração, composta por servidores docentes e por técnico-
administrativos em cargos de chefia e de assessoramento que responderam a
questões objetivas e subjetivas referentes aos temas abordados nesta pesquisa. À
análise dos dados dos dados utilizou-se de categorias e subcategorias, resultando em
um metatexto, com as compreensões renovadas do todo. De acordo com a pesquisa
realizada, os estudos apontam a presença de evidências da memória organizacional
e da teoria institucional inseridas na cultura e no ambiente da PROPLAN, no que tange
aos processos de gestão, especialmente à elaboração do planejamento e do
desenvolvimento destes dois Planos, ressaltando a importância do histórico do
planejamento, o compartilhamento de dados acessados pelo grupo responsável, bem
como a construção destes planos, baseados em crenças, valores e regras da
Instituição. A pesquisa igualmente denota que houve uma quebra de paradigma no
modus operandi relacionado à gestão dos Planos neste período. Contudo, foi
constatada que a manutenção dessas práticas (de planejamento e de gestão) ainda
está vinculada e subordinada à Alta Administração da Universidade, e que necessita
de amadurecimento, de um período mais longo de observação e análise, para se
afirmar que houve a institucionalização dos métodos utilizados neste espaço de tempo
de oito anos, e que estes métodos servirão de referência a planejamentos futuros.
Título: A práxis do planejamento da PROPLAN (UFRGS) 2012 a 2020: entrelaçando conceitos de Memória Organizacional (MO) e Teoria Institucional (TI)
Autor(es): Beux, Claudia Freire
Orientador(es): Telles, Tamára Cecília Karawejczyk
Resumo: Esta tese tem como tema “A Práxis do Planejamento da PROPLAN (UFRGS) 2012 a
2020: Entrelaçando Conceitos de Memória Organizacional (MO) e Teoria Institucional
(TI)”. O ambiente a ser explorado é uma área considerada “meio” da Universidade –
a Pró-Reitoria de Planejamento e Administração – responsável pelo Planejamento
Institucional. A pesquisa tem por objetivo geral analisar evidências da Memória
Organizacional e da Teoria Institucional, dos Esquemas Interpretativos e dos Modelos
Mentais, dentro da cultura e do ambiente organizacional, presentes na gestão dessa
Pró-Reitoria, nos processos de elaboração do planejamento e do desenvolvimento
dos Planos de Gestão de dois Reitorados, de 2012-2016 e 2016 a 2020. A metodologia
utilizada é de natureza aplicada, com enfoque qualitativo. Quanto aos objetivos, é uma
pesquisa descritiva, e quanto aos procedimentos técnicos, é uma pesquisa
documental, um estudo de caso e pesquisa com coleta de dados baseada em um
roteiro de entrevistas semiestruturadas. Foram ouvidos oito entrevistados, integrantes
da Alta Administração, composta por servidores docentes e por técnico-
administrativos em cargos de chefia e de assessoramento que responderam a
questões objetivas e subjetivas referentes aos temas abordados nesta pesquisa. À
análise dos dados dos dados utilizou-se de categorias e subcategorias, resultando em
um metatexto, com as compreensões renovadas do todo. De acordo com a pesquisa
realizada, os estudos apontam a presença de evidências da memória organizacional
e da teoria institucional inseridas na cultura e no ambiente da PROPLAN, no que tange
aos processos de gestão, especialmente à elaboração do planejamento e do
desenvolvimento destes dois Planos, ressaltando a importância do histórico do
planejamento, o compartilhamento de dados acessados pelo grupo responsável, bem
como a construção destes planos, baseados em crenças, valores e regras da
Instituição. A pesquisa igualmente denota que houve uma quebra de paradigma no
modus operandi relacionado à gestão dos Planos neste período. Contudo, foi
constatada que a manutenção dessas práticas (de planejamento e de gestão) ainda
está vinculada e subordinada à Alta Administração da Universidade, e que necessita
de amadurecimento, de um período mais longo de observação e análise, para se
afirmar que houve a institucionalização dos métodos utilizados neste espaço de tempo
de oito anos, e que estes métodos servirão de referência a planejamentos futuros.2023-01-01T00:00:00ZEntrelaçando fios dos rastros memoriais da Renda de Bilro: um diálogo sobre o imaginário turístico de Florianópolis
http://hdl.handle.net/11690/3513
Título: Entrelaçando fios dos rastros memoriais da Renda de Bilro: um diálogo sobre o imaginário turístico de Florianópolis
Autor(es): Souza, Denise Christo de
Resumo: Essa tese consiste em um estudo sobre a identificação de rastros memoriais da
formação de imaginário turístico de que Florianópolis é uma cidade de cultura de base
açoriana, tendo como sujeitos da pesquisa, as rendeiras praticantes da renda de bilro.
Constatei que o artesanato ajuda a formar o imaginário turístico de Florianópolis como
uma cidade de cultura de base Açoriana. Do ponto de vista da perspectiva teórica,
abordei o campo da Memória Social, da Cultura e do Patrimônio, a fim de buscar os
rastros memoriais da contribuição da Renda de Bilro, um ofício que ingressou na
cidade junto com as mulheres imigrantes vindas dos Açores. Este estudo consiste em
uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório e descritivo, tendo como
procedimentos metodológicos, a pesquisa documental e a pesquisa de campo. A
coleta de dados iniciou nos documentos da Prefeitura Municipal de Florianópolis, com
ênfase na Secretaria da Cultura, na Secretaria de Turismo e na Fundação Cultural de
Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC), com foco em evidenciar a estrutura formal
do Turismo de Florianópolis e nas leis municipais que mencionam a Renda de Bilro.
Como instrumento de coleta em campo, foi utilizada a observação e as entrevistas
não estruturadas. A análise dos dados coletados nas visitas às Associações de
Rendeiras em atividade, um contexto social que envolve o trabalho feminino, a
cooperação e as memórias trançadas de geração em geração. A colonização de
Florianópolis tem origem na Ilhas do Arquipélago dos Açores, ilhas que teriam sido
descobertas pelos portugueses, em 1427 e povoadas por originários das províncias
meridionais de Portugal, seguidos por flamengos, os quais, não há registro, mas
indícios de que foram os responsáveis por fazer com que a renda de bilro chegasse
aos Açores. A presença açoriana na região de Florianópolis, devido às distâncias
entre as comunidades, fez com que os hábitos e costumes trazidos, ficassem
mantidos, justificando a preferência por determinados pontos de renda diferentes
entre os bairros da ilha. As encantadoras mãos das rendeiras, que de canto em canto,
cantarolando a cantiga ratoeira, vão tecendo um contexto social coletivo de que a
renda de bilro é uma prática identitária das mulheres, também vão traçando a
atualização de memórias e ressignificando o valor de suas tradições. Em
Florianópolis, o presente tenta manter as lembranças de um passado açoriano do
município, rememorando casos de sucesso dos casais que para cá vieram, assim
como o esquecimento parece não lembrar do extermínio dos carijós que viviam aqui
8
há duzentos anos antes dos colonizadores açorianos. A renda de bilro, patrimônio
cultural imaterial, transmitido de geração em geração, é exemplo de uma das
preocupações propriamente humanas, a de fazer memória e em Florianópolis, essa
memória compõe o imaginário turístico de que Florianópolis é uma Capital que têm,
além de suas lindas praias, grandiosos jardins e renomada gastronomia, onde o
visitante pode experimentar uma reprodução imaginária de estar em Portugal.
Título: Entrelaçando fios dos rastros memoriais da Renda de Bilro: um diálogo sobre o imaginário turístico de Florianópolis
Autor(es): Souza, Denise Christo de
Orientador(es): Telles, Tamara Cecilia Karawejczyk
Resumo: Essa tese consiste em um estudo sobre a identificação de rastros memoriais da
formação de imaginário turístico de que Florianópolis é uma cidade de cultura de base
açoriana, tendo como sujeitos da pesquisa, as rendeiras praticantes da renda de bilro.
Constatei que o artesanato ajuda a formar o imaginário turístico de Florianópolis como
uma cidade de cultura de base Açoriana. Do ponto de vista da perspectiva teórica,
abordei o campo da Memória Social, da Cultura e do Patrimônio, a fim de buscar os
rastros memoriais da contribuição da Renda de Bilro, um ofício que ingressou na
cidade junto com as mulheres imigrantes vindas dos Açores. Este estudo consiste em
uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório e descritivo, tendo como
procedimentos metodológicos, a pesquisa documental e a pesquisa de campo. A
coleta de dados iniciou nos documentos da Prefeitura Municipal de Florianópolis, com
ênfase na Secretaria da Cultura, na Secretaria de Turismo e na Fundação Cultural de
Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC), com foco em evidenciar a estrutura formal
do Turismo de Florianópolis e nas leis municipais que mencionam a Renda de Bilro.
Como instrumento de coleta em campo, foi utilizada a observação e as entrevistas
não estruturadas. A análise dos dados coletados nas visitas às Associações de
Rendeiras em atividade, um contexto social que envolve o trabalho feminino, a
cooperação e as memórias trançadas de geração em geração. A colonização de
Florianópolis tem origem na Ilhas do Arquipélago dos Açores, ilhas que teriam sido
descobertas pelos portugueses, em 1427 e povoadas por originários das províncias
meridionais de Portugal, seguidos por flamengos, os quais, não há registro, mas
indícios de que foram os responsáveis por fazer com que a renda de bilro chegasse
aos Açores. A presença açoriana na região de Florianópolis, devido às distâncias
entre as comunidades, fez com que os hábitos e costumes trazidos, ficassem
mantidos, justificando a preferência por determinados pontos de renda diferentes
entre os bairros da ilha. As encantadoras mãos das rendeiras, que de canto em canto,
cantarolando a cantiga ratoeira, vão tecendo um contexto social coletivo de que a
renda de bilro é uma prática identitária das mulheres, também vão traçando a
atualização de memórias e ressignificando o valor de suas tradições. Em
Florianópolis, o presente tenta manter as lembranças de um passado açoriano do
município, rememorando casos de sucesso dos casais que para cá vieram, assim
como o esquecimento parece não lembrar do extermínio dos carijós que viviam aqui
8
há duzentos anos antes dos colonizadores açorianos. A renda de bilro, patrimônio
cultural imaterial, transmitido de geração em geração, é exemplo de uma das
preocupações propriamente humanas, a de fazer memória e em Florianópolis, essa
memória compõe o imaginário turístico de que Florianópolis é uma Capital que têm,
além de suas lindas praias, grandiosos jardins e renomada gastronomia, onde o
visitante pode experimentar uma reprodução imaginária de estar em Portugal.2022-01-01T00:00:00Z